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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Tem coisa que nasce conosco. Eu nasci mentindo. Acha o que quiser, achando bom ou ruim, certo ou errado, eu não ligo. Vou te ouvir, virar, e fazer o que sempre fiz. Tá no meu sangue, por detrás da pele, não tem como tirar. Sei que já furei o barco várias vezes, mas é assim. Já parei de remar há muito, o rio que tá te guiando. Não que eu tenha desistido, ou algo semelhante. Mas, sabe como é, preciso de uma moeda de troco; ação e reação. Até um tempo atrás eu tinha realmente mudado, estava determinada a continuar daquele jeito. Perca de tempo. Cansei de ser ausência, cansei de ser saudade.
Cansei de ser tempo.
Vou seguindo assim, porque ainda é véspera de carnaval. Não são mais seus versos que compõem minha música. Não é mais o teu cheiro que me remete ao silêncio. Não são as tuas piadas que me fazem abrir um sorriso.
Hoje, do sentimento, faço obra de arte.. Não é todo dia que encontramos um amor pendurado em uma bela moldura.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Já te ensaiei em brevidades formais, já te emprestei minha poesia sem me importar com a estética. Não te deixei ter razão, mas entreguei-te todas as minhas vontades. Fiz de ti a minha linguagem própria, dei-te todas as minhas referências. Fiz de ti o meu imperativo, sem me importar com a metrificação. O que você me deu em troca? Fez do meu imperativo o teu particípio. Fez do meu amor um verbo que se conjuga no pretérito imperfeito, considerou a minha poesia um acorde desmedido.Ironizei sua incoerência, pratiquei displicências. Teorizei suposições. Minimalistas. Simplistas. De mim. De você. De nós.

sábado, 4 de abril de 2009

Me faz um favor? Pega todas as camisas sujas e cheirando a álcool, junta todas aquelas tuas roupas do meu guarda-roupas, dos meus armários. Faça-me este favor, tira tudo daqui que me faz lembrar você. Tira seus cigarros, sua coleção de tampinhas de cerveja jogadas perto da televisão, seu cinzeiro sem graça e aquele quadro de borboletas. Some com todas as suas fotos, com todos os seus textos, com seus cd's dos Engenheiros, some com seus livros. Enxuga suas lágrimas, ajeita seu lado da cama. Para de tentar me agradar, leva tudo que é seu embora. Leva embora seus vícios, suas friamente calculadas frases de amor, leva embora sua insônia, leva embora tua voz e o teu maldito sotaque. Continua fingindo novos amores, sabemos que isso não vai me tirar de você. Mas mesmo assim, joga fora sua incoerência amor-argumentativa. Não cabe a mim, muito menos a você. Joga fora suas mentiras. Deixa o sarcasmo pra mim, sei lidar com ele bem melhor do que você.
Joga fora, vomita a porcaria do amor que eu te dei sem pedir nada em troca, leva embora suas mentiras, suas hostilidades, seus sorrisos falsos.

E eu? Eu fico por trás do muro de gelo, que criei entre nós. Fico no meio,entre você e o que chamam de
coração.