Divide?
Divide comigo seu beijo, divide comigo a sua cama, divide comigo seus sonhos. Divide a vontade de entrelaçar as pernas, de beijar com o gosto daquele teu café preto, me lambuza de amor logo pela manhã.
Divide o tesão de estar de pijamas, de cabelo bagunçado e de me achar linda com a maquiagem borrada. Divide aquele restinho do cigarro, o restinho do leite na geladeira e sua compulsão por me jogar na cama só pra te fazer sorrir.
Divide sua vontade de ser meu, de me fazer ser sua, divide aquele pão velho na cozinha, aquelas flores jogadas ali no canto da sala.
Divide comigo seu desespero, minha fúria, suas manias chatas, o meu pessimismo. Divide de novo o beijo, o gosto, a vontade. Me deixa achar que tudo isso é real, que não é só mais um conto clichê, daqueles que a gente passa anos escrevendo dele num blog.
Divide comigo seu lençol, sua coberta, suas meias. Divide a vontade de crescer, de mudar de cidade, de pular de para quedas.
Sabe, não é tão dificil se dividir comigo. Sou chata, ranzinza, irônica e ainda não larguei o cigarro. Mas gosto de te ter aqui, de tirar minha roupa sem vontade de procurá-la depois. Gosto de te ver acordando, de te fazer dormir no meu colo, de te fazer cafuné, ou de te beliscar até você me dar beijo.
Sim, eu sou carente, menina, mimada, chata vale como qualidade? Estranha, espontânea, bipolar. Mas eu sou tudo o que você precisa, tudo o que a gente quer.
Me divide?
domingo, 15 de julho de 2012
Sabe, tem dias que não dá. Mesmo com o mundo em minhas costas, corro até a tua escada. Sim, já nem sei quantas milhões de vezes já parei ali, com os cigarros molhados e a velha flor murcha, lembrando de quantas vezes sentei ali com você, sem ver o tempo passar.
Na tua escada, tentei abafar o som de algumas lembranças incoerentes, que teimam em desfilar em frente as minhas orbitas. Fiquei parada, tampando meus ouvidos, tentando impedir de forma inútil, evitar o som da minha consciência perturbada.
Na tua escada, tentei abafar o som de algumas lembranças incoerentes, que teimam em desfilar em frente as minhas orbitas. Fiquei parada, tampando meus ouvidos, tentando impedir de forma inútil, evitar o som da minha consciência perturbada.
Seria a última vez que tocaria naquele par de mãos quentes
Ainda prefiro ficar aqui com o cadáver das lembranças boas, ao invés de presenciar a morte do nosso amor.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Tristemente me contraía na cama, recebendo tuas toadas perfurantes e indecifráveis como aviso, machucando minha singularidade maciça das órbitas, de teus braços, teus abraços.
Um sentimento estranho de necessidades que; se descobertas, sussurariam vozes condenáveis em torno de nossos encontros. E as minhas frias vontades adormecidas ganhariam fronteiras, desperdiçaria coisas estúpidas da vida pelo ralo, e não mexeria mais nada adiante.
E que então você me viesse forte, com essa tua decente conversa de centelhas, e estes mares de lábios sábios, e esses braços feito galhos fortes à conversar meus problemas logo pela manhã. E acontecer hábitos de dançar dedos sobre minhas maçãs, no canto fino dos lábios que desenham os surrealistas traços, tua boca aberta e presente que opera melhor a vida!
Eu não sei representar minhas visitações e emoções casuais por períodos, passear em travesseiros oportunos, nem ter que pagar meu medo em histórias turbulentas! Eu só aceito sim examinar as minhas caminhantes loucuras em longos invernos, no emprego das férias desconhecidas que sobretudo examinarei muda, nos pequenos detalhes nos mapas do teu país, e sim, poderei te fazer visitas. Sentir o contra-senso das tuas mãos tocar-me e discutirmos juntos em rumo da compreensão da pele nova.
Tuas mãos ainda deitam sobre meus cabelos, e eu juro que não sei responder por mim! Nem por ti..
Um sentimento estranho de necessidades que; se descobertas, sussurariam vozes condenáveis em torno de nossos encontros. E as minhas frias vontades adormecidas ganhariam fronteiras, desperdiçaria coisas estúpidas da vida pelo ralo, e não mexeria mais nada adiante.
E que então você me viesse forte, com essa tua decente conversa de centelhas, e estes mares de lábios sábios, e esses braços feito galhos fortes à conversar meus problemas logo pela manhã. E acontecer hábitos de dançar dedos sobre minhas maçãs, no canto fino dos lábios que desenham os surrealistas traços, tua boca aberta e presente que opera melhor a vida!
Eu não sei representar minhas visitações e emoções casuais por períodos, passear em travesseiros oportunos, nem ter que pagar meu medo em histórias turbulentas! Eu só aceito sim examinar as minhas caminhantes loucuras em longos invernos, no emprego das férias desconhecidas que sobretudo examinarei muda, nos pequenos detalhes nos mapas do teu país, e sim, poderei te fazer visitas. Sentir o contra-senso das tuas mãos tocar-me e discutirmos juntos em rumo da compreensão da pele nova.
Tuas mãos ainda deitam sobre meus cabelos, e eu juro que não sei responder por mim! Nem por ti..
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Quis tanto ser teu ombro amigo, sua canção antes de dormir, seu copo do lado da cama. Quis ser teu travesseiro, quis ser teu perfume, quis ser o rádio ligado pouco antes de ir para o trabalho. Quis ser teu anjo, sua poetisa, sua amante, seu devaneio, seu café, sua sombra. Ser teu anjo, teu diabo, teu doce, teu amargo. Quis ser a toalha que enxuga sua lágrima, o papel onde você se debruça. Quis ser tua, com todos os acordes e compassos de nossa música.
Colecionamos padrões inventados naquela hora idiota. Formamos um casal moderno, com a geladeira cheia de cervejas e chocolates de sobremesa. Não terminamos nenhuma briga e continuamos com esse romance desprovido de cuidado. Acabamos sendo um romance de meia-estação, daqueles que precisam de um abraço quente no fim do dia.
Colecionamos padrões inventados naquela hora idiota. Formamos um casal moderno, com a geladeira cheia de cervejas e chocolates de sobremesa. Não terminamos nenhuma briga e continuamos com esse romance desprovido de cuidado. Acabamos sendo um romance de meia-estação, daqueles que precisam de um abraço quente no fim do dia.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Não, não há tantas certezas por aqui. Nem por ali. Nem em lugar algum. A vida cheia de certezas não me pertence. Mas sabe, às vezes ela (a vida) é boa e dá tudo certo. Daqui a pouco tem idade nova. Daqui a pouco tem o grande encontro, tem chocolate, têm sorrisos vários, têm almofadas coloridas, tem margaridas e abraços apertados. Daqui a pouco tem casa nova... E, insisto: não há certezas por aqui. Há intenções. Das melhores. Das piores. Das "do tipo cinematográficas". Nada na minha vida tem um ponto final. Porque é assim que eu gosto. Porque é assim que eu quero. Porque é assim que dá certo. Ali, onde os papéis estão escondidos. Ali, nas entrelinhas, dobrados, esquecidos. Em tanto lugar comum, ainda não havia entendido como ainda não tinha percebido. Em tanta linguagem turbulenta, não notei o colorido abstrato em geometria nas paredes. Mas fiz do sentimento obra de arte. [In]compreensível aos olhos dos outros. Exagerado aos que dizem entender dessas coisas. Sabe-se lá, Deus, ainda bem que o futuro só a Ti pertence!
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Injustiça é sempre ter um copo de café vazio do teu lado da cama. Injustiça é não conseguir ser fraca para te perdoar. Injustiça é não conseguir sentar ao seu lado e não te perceber.
É injusto saber que o que achei que fosse pra sempre, acabou como quem troca de cuecas. Saber que faço parte de um passado inexistente me dá falta de ar, saber que não passei de cartas e meia dúzia de frases balbuciadas em meio à sua fumaça.. isso sim é injustiça.
Mas deixa, tu sabes que ainda te espero com as minhas flores murchas, sentada aos degraus da sua escada, debaixo da chuva.
É injusto saber que o que achei que fosse pra sempre, acabou como quem troca de cuecas. Saber que faço parte de um passado inexistente me dá falta de ar, saber que não passei de cartas e meia dúzia de frases balbuciadas em meio à sua fumaça.. isso sim é injustiça.
Mas deixa, tu sabes que ainda te espero com as minhas flores murchas, sentada aos degraus da sua escada, debaixo da chuva.
Você é a parte de mim que nunca senti falta, porque eu não sabia que precisava
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Corríamos como loucos, hipnotizados. Era estranho te ver daquele jeito, com um sorriso canalha e vagueado, como aquele de quando teu video-game chegou. Lembro, que nesse dia, você perdeu seus óculos, gritou até não ter mais voz e acabou desistindo de procurá-los, preferiu usar as lentes.
Estávamos hipnotizados, histéricos, abraçando um certo sangue frio intenso, quando fugi da aula para te encontrar.. Sabíamos que era o fim.
Eu era mais nova, uma questão de 3 a 4 anos. Mas sempre fui a mentora de todos os nossos planos.
Lembro de quando seu cabelo era grande que mal dava para ver suas orelhas. A barba, grande, mas não o suficiente para mostrar as falhas. Sempre gaguejava ao chegar e seus óculos eram os mais feios do mundo.
Tinha o costume de usar tênis brancos, um pouco encardidos e protestava quando eu te olhava por muito tempo.
Aposto que me xinga todos os dias quando olha para o tanque ou para o capacete e vê meu "T" neles. Aposto também, que sente falta dos meus pés gelados e de como conseguíamos brigar por 3 dias seguidos.
Se tivéssemos uma foto, eu estaria de All Star branco e camisa do Wolverine. Você, estaria com os braços rabiscados e um fone de ouvido pendurado no pescoço.
Estávamos hipnotizados, histéricos, abraçando um certo sangue frio intenso, quando fugi da aula para te encontrar.. Sabíamos que era o fim.
Eu era mais nova, uma questão de 3 a 4 anos. Mas sempre fui a mentora de todos os nossos planos.
Lembro de quando seu cabelo era grande que mal dava para ver suas orelhas. A barba, grande, mas não o suficiente para mostrar as falhas. Sempre gaguejava ao chegar e seus óculos eram os mais feios do mundo.
Tinha o costume de usar tênis brancos, um pouco encardidos e protestava quando eu te olhava por muito tempo.
Aposto que me xinga todos os dias quando olha para o tanque ou para o capacete e vê meu "T" neles. Aposto também, que sente falta dos meus pés gelados e de como conseguíamos brigar por 3 dias seguidos.
Se tivéssemos uma foto, eu estaria de All Star branco e camisa do Wolverine. Você, estaria com os braços rabiscados e um fone de ouvido pendurado no pescoço.
sábado, 1 de maio de 2010
Antes de te conhecer, já tive outros amores. Depois de ti, amei com mais calma. Com você, vi que não precisei pensar em gentilezas. Antes de você, não sabia o quanto era bom compartilhar silêncios e suspiros. Antes de ti, eu não me dava chances. O que sobrou de ti... Foram as músicas que já não ouço mais e meias fotografias.
Vai doer falar de ti como passado!
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Você errou em teus modos. Errou na nossa distância. Errou quando me fez em releitura. Errou quando achava que eu ligava quando tu não fazia a barba. Errou quando fez do meu amor a sua injustiça.
Injustiça é sempre ter uma xícara de café vazia do teu lado da cama, é não conseguir ser fraca para te perdoar. Injustiça é não conseguir sentar ao seu lado e não te perceber. É injusto sentir tua angústia e não poder te entender. Eu queria também não sofrer assim.
Injustiça é sempre ter uma xícara de café vazia do teu lado da cama, é não conseguir ser fraca para te perdoar. Injustiça é não conseguir sentar ao seu lado e não te perceber. É injusto sentir tua angústia e não poder te entender. Eu queria também não sofrer assim.
3 vezes amor.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Love is a Losing Game. Eu juro que eu tentei dar mais uma chance para o que eu sei que certamente não vai funcionar. i swear i tried to give one more chance 4 what i know i certainly will not work. pretended to look for love with new eyes, but u no. i couldn't touch me again, I should just b my best friend, not fucked me in the head with stupid men.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Quando eu tô sozinha, eu fico revivendo o passado. Procuro saber o que é que eu fiz para aquilo tudo não ter dado certo. Quando eu tô sozinha, eu busco resposta para o que ficou em branco. Talvez eu devesse ter me libertado um pouco mais, ter sido menos fantasia, mas a ilusão é ouro de trouxa; quisera eu poder contornar uma situação em que eu sempre sou a culpada, e você, sempre tem razão. Pra mim, é fácil fingir que não ligo para o que você diz ou faz, quem me vê, acha que já és passado. Mas quando eu tô sozinha, debato em frente ao espelho, minha metade sã me pede para respirar. Quando eu tô sozinha, eu fujo de mim, tento encobrir meu desespero com poesia. Enquanto eu busco respostas para os meus devaneios, você se diverte entre fumaça e álcool. Um dia, eu ainda viro o jogo, um dia, deixo de brigar com o espelho e me livro de você e de tudo o que me faz mal.. Assim como flores murchas não alegram o dia de ninguém.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Me volto contra a chuva. Sempre com esse tom de guerra, me deixa ainda mais melancólica. Um, dois, cinco cigarros de uma só vez, ainda não são suficientes para amenizar a minha agonia. O uísque, que antes fora somente para ocasiões especiais, é bebido no lugar da água. Esqueci de trocar as toalhas, fiquei perdida ao procurar o telefone. Me vejo ainda mais decadente. Troquei meia vida por um pouco de lucidez. Hoje, o que antes eu chamava de sorte, pelo avesso. Mentalizo algo, acontece o inverso. É a lei da vida, meu caro; um dia da caça, outro do caçador. Esquecendo o mundo, e sendo esquecida por ele,
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Indo contra a maré, quis ligar. Não me interessava o quão surpreso estivesse, a minha vontade era te ligar. É pecado agora, ligar para um velho amigo? Iria falar sobre meus vizinhos, do quanto os outros são diferentes de nós dois, e falaria da minha inútil rotina e daquelas pessoas que você não suporta mais. Você, ia repetir todo aquele teu discurso, de como a sua familia é infeliz e o seu imenso desejo em sair daí. Dessa vez, não iria te cobrar promessas, nem nada. Te ligaria, para falar de assuntos banais, daqueles que já se cansastes de ver. Talvez, mas muito talvez, alguns segundos antes de te desejar uma boa noite, desligar o telefone e cada um voltar pra sua vida, falaria o quanto me senti só nesse tempo, e o quanto fui incapaz de escrever algo mostrando minha solidão e o quão vazia eu estava. E iria falar o quanto você faz falta. E diria, talvez, mais tarde, que você tambem me fazia sentir viva
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
eu gosto de ser gosto de saudade. não sou lembrada por momentos, por fotos, por vivência; sou parte da vida dele não pelo que eu sou, mas por ser prazer em forma de saudade. circunstadamente saudade, da mais pura e nobre essência nostálgica. queira ou não, sua lágrima ainda tem meu gosto.
Assinar:
Postagens (Atom)