sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Quando eu tô sozinha, eu fico revivendo o passado. Procuro saber o que é que eu fiz para aquilo tudo não ter dado certo. Quando eu tô sozinha, eu busco resposta para o que ficou em branco. Talvez eu devesse ter me libertado um pouco mais, ter sido menos fantasia, mas a ilusão é ouro de trouxa; quisera eu poder contornar uma situação em que eu sempre sou a culpada, e você, sempre tem razão. Pra mim, é fácil fingir que não ligo para o que você diz ou faz, quem me vê, acha que já és passado. Mas quando eu tô sozinha, debato em frente ao espelho, minha metade sã me pede para respirar. Quando eu tô sozinha, eu fujo de mim, tento encobrir meu desespero com poesia. Enquanto eu busco respostas para os meus devaneios, você se diverte entre fumaça e álcool. Um dia, eu ainda viro o jogo, um dia, deixo de brigar com o espelho e me livro de você e de tudo o que me faz mal.. Assim como flores murchas não alegram o dia de ninguém.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Me volto contra a chuva. Sempre com esse tom de guerra, me deixa ainda mais melancólica. Um, dois, cinco cigarros de uma só vez, ainda não são suficientes para amenizar a minha agonia. O uísque, que antes fora somente para ocasiões especiais, é bebido no lugar da água. Esqueci de trocar as toalhas, fiquei perdida ao procurar o telefone. Me vejo ainda mais decadente. Troquei meia vida por um pouco de lucidez. Hoje, o que antes eu chamava de sorte, pelo avesso. Mentalizo algo, acontece o inverso. É a lei da vida, meu caro; um dia da caça, outro do caçador. Esquecendo o mundo, e sendo esquecida por ele,
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